sábado, 27 de agosto de 2011

Distinção entre o Arrebatamento e a Segunda Vinda de Cristo

    “E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra. 20 ...Certamente cedo venho.” (Ap 22.12,20b ACF).
“Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo.” (Tt 2:13 ACF)

O encontro nos ares

         Essas palavras, as últimas de Cristo que foram registradas por escrito, confirmam Sua promessa anterior:
“...virei outra vez, e o vos levarei para mim mesmo, para onde eu estiver estejais vós também” (Jo 14.3 ACF).
        Paulo faz referência ao cumprimento dessa promessa:
“Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. 17  Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.” (1 Ts 4.16-17 ACF).
         Como resposta a essas promessas de Cristo, “E o Espírito e a esposa dizem: Vem.” (Ap 22.17 ACF); ao que João adiciona, jubilante: “Amém. Ora vem, Senhor Jesus.” (Ap 22.20b ACF). Quem é essa esposa? Após declarar que esposo e esposa são “e serão dois numa carne”, Paulo explica:
“Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja.” (Ef 5.32 ACF).

A qualquer momento

         As palavras de Cristo, do mesmo modo como as de João, do Espírito e da Noiva, não fariam sentido se essa vinda para levar os crentes para Si mesmo tivesse que esperar a revelação do Anticristo (perspectiva pré-ira) ou a consumação da Grande Tribulação (perspectiva pós-tribulacionista). Uma vinda de Cristo “pós-qualquer coisa” para Sua Noiva simplesmente não se encaixa nessas palavras das Escrituras. Afirmar que a Grande Tribulação deve ocorrer primeiro, para que o Espírito e a Noiva digam: “Ora vem, Senhor Jesus”, é como exigir o pagamento de uma dívida que vai vencer somente em sete anos!
         Um Arrebatamento “pós-qualquer coisa” vai contra várias passagens das Escrituras que demandam claramente a vinda de Cristo a qualquer momento (iminente). O próprio Jesus disse:
“Estejam cingidos os vossos lombos, e acesas as vossas candeias. E sede vós semelhantes aos homens que esperam o seu senhor” (Lc 12.35,36a ACF).
        Esse mandamento seria ridículo se Cristo pudesse vir para o Arrebatamento apenas após os sete anos da Tribulação.
         A vinda que a Noiva de Cristo tanto deseja levará à ressurreição dos mortos e à transformação dos corpos dos vivos. Isso fica bem claro não somente em 1 Tessalonicenses 4, mas também através de outras passagens:
“...de onde (os céus) também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu glorioso” (Fp 3.20-21 ACF).

         Muitas outras passagens também incentivam os crentes a vigiar e esperar com intensa expectativa. Essas exortações somente fazem sentido se a possibilidade de Cristo levar Sua Noiva para o céu puder ocorrer a qualquer momento:
“...esperando a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Co 1.7 ACF);
“...e como dos ídolos vos convertestes a Deus, para servir o Deus vivo e verdadeiro, e esperar dos céus o Seu Filho...” (1 Ts 1.9-10a ACF);
“Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e Salvador Jesus Cristo” (Tt 2.13 ACF);

“...aparecerá segunda vez ...aos que o esperam para a salvação” (Hb 9.28 ACF); “Sede, pois, irmãos, pacientes até à vinda do Senhor” (Tg 5.7a ACF).
         Diferentes opiniões sobre o Arrebatamento não afetam a salvação, mas deveríamos procurar entender o que a Bíblia diz. A Igreja primitiva estava claramente esperando o Senhor a qualquer momento. Estar vigiando e esperando por Cristo, se o Anticristo deve aparecer primeiro, é como esperar o Pentecoste antes da Páscoa. No entanto, Cristo exortou: “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora” (Mt 25.13a ACF);
“Para que, vindo de improviso, não vos ache dormindo. E as coisas que vos digo, digo-as a todos: Vigiai.” (Mc 13.36-37 ACF).

A surpresa da Sua vinda

         A seguinte afirmação de Jesus também não se encaixa numa vinda pós-tribulacionista:
“Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis” (Mt 24.44 ACF).
        É absurdo imaginar que qualquer pessoa sobrevivente da Grande Tribulação, que tenha visto os eventos profetizados (as pragas e julgamentos derramados na terra; a imagem do Anticristo no Templo; a marca da besta imposta a todos que quiserem comprar e vender; as duas testemunhas testificando em Jerusalém, sendo mortas, ressuscitadas e levadas ao céu; Jerusalém cercada pelos exércitos do mundo, etc.), tendo contado os 1260 dias (3 anos e meio) de duração da segunda metade da Grande Tribulação (preditos em Apocalipse 11.2-3;12.14), poderia imaginar naquela hora que Cristo não estaria a ponto de retornar! Após todos esses acontecimentos, isso será por demais evidente. Portanto, simplesmente não há como reconciliar uma vinda de Cristo pós-tribulacionista com Seu aviso de que virá quando não estiver sendo esperado.

Distinção entre Arrebatamento e Segunda Vinda

         Somente essa afirmação já distingue o Arrebatamento (a retirada da Igreja da terra para o céu) da Segunda Vinda (para resgatar Israel durante o Armagedom); pois este último acontecimento não vai surpreender quase ninguém. Contrastando com Seu aviso de que mesmo muitos na Igreja não O estarão esperando, as Escrituras anunciam outra vinda de Cristo quando todos os sinais já tiverem sido cumpridos e todos souberem que Ele está voltando. A um Israel descrente, Cristo declarou:
“Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo, às portas.” (Mt 24.33 ACF).
        Até o Anticristo saberá:
“E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo, e ao seu exército.” (Ap 19.19 ACF).
         Ou Cristo está se contradizendo (impossível!), ou Ele está falando de dois eventos. Jesus disse que virá num tempo de paz e prosperidade quando até Sua Noiva não estará esperando por Ele:
“Portanto, estai vós também apercebidos; porque virá o Filho do homem à hora que não imaginais.” (Lc 12.40 ACF).

         Não somente as [virgens] néscias, mas até as sábias estarão dormindo:
“E, tardando o esposo, tosque-nejaram todas, e adormeceram.” (Mt 25.5 ACF).
         No entanto, a Escritura diz que o Messias virá quando o mundo estiver quase destruído pela guerra, fome e os juízos de Deus, e quando Israel estiver quase derrotado. Então, Yahweh declara: “e olharão para mim, a quem traspassaram” (Zc 12.10b ACF), e todos os judeus vivos na terra reconhecerão seu Messias que retornará como “Deus forte, Pai da Eternidade” (Is 9.6 ACF): exatamente como os profetas previram, Ele veio como homem, morreu pelos seus pecados, e retornará, dessa vez para salvar Israel. Sobre esse momento culminante, Cristo declara: “Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo” (Mt 24.13 ACF). Paulo adiciona: “...todo o Israel [ainda vivo] será salvo”... (Rm 11.26 ACF).

Dois eventos distintos

         Não podemos escapar ao fato de que duas vindas de Cristo ainda se darão no futuro: uma que surpreenderá até mesmo Sua Noiva e outra que não será uma surpresa para quase ninguém. As duas não podem ser o mesmo evento. Mas onde o Novo Testamento diz que ainda há duas vindas a serem cumpridas? Todo cristão crê em duas vindas de Cristo: Ele veio uma vez à terra, morreu pelos nossos pecados, ressuscitou dentre os mortos, retornou ao céu e voltará. Contudo, em nenhum lugar o Antigo Testamento diz que haveria duas vindas distintas.
         Esse fato causou confusão para os rabinos, para os discípulos de Cristo e até para João Batista, que era “...e será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre  sua mãe” (Lc 1.15, 41,44 ACF), João tinha testificado que Jesus era “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” (Jo 1.29 ACF). No entanto, este último dos profetas do Velho Testamento, de quem não havia ninguém maior “nascidos de mulheres” (Lc 7.28 ACF), começou a duvidar: “És tu aquele que havia de vir, ou esperamos outro?” (Mt 11.3 ACF).
         Somente uma vinda do Messias era esperada. Ele iria resgatar Israel e estabelecer Seu Reino sobre o trono de Davi em Jerusalém. Por essa razão os rabinos, os soldados e a multidão zombaram dEle na cruz (Mt 27.40-44; Mc 15.18-20; 29-32; Lc 23.35-37). Apesar de todos os milagres que Jesus tinha feito, os discípulos, da mesma forma, tomaram Sua crucificação como a prova conclusiva de que Ele não poderia ter sido o Messias. Os dois na estrada de Emaús disseram: “...nós esperávamos que fosse ele o que remisse Israel” (Lc 24.19-21 ACF) – mas agora Ele estava morto.
         Cristo os repreendeu por não crerem “tudo o que os profetas disseram!” (Lc 24.25 ACF). Este era o problema comum: deixar de considerar todas as profecias. Israel tinha uma compreensão unilateral da vinda do Messias (e continua assim atualmente), que lhe permitia ver apenas Seu reino triunfante e o deixava cego para Seu sacrifício pelo pecado. Até mesmo muitos cristãos estão tão obcecados com pensamentos de “conquista” e “domínio” que imaginam ser responsabilidade da Igreja dominar o mundo e estabelecer o Reino de Deus, para que o Rei possa retornar à terra para reinar. Eles se esquecem da promessa que Ele fez à Sua Noiva de levá-la ao céu, de onde ela voltará com Ele para ajudá-lO a governar o mundo.

O Arrebatamento ocorrerá antes da Tribulação

         Como poderia Cristo executar julgamento sobre a terra, vindo do céu “com milhares de seus santos (multidões de santos)” (Jd 14 ACF), se primeiro não as tivesse levado para o céu? Aqui temos outra razão para um Arrebatamento anterior à Tribulação. Incrivelmente, Michael Horton, em seu livro “Putting Amazing Back into Grace”, imagina que 1 Tessalonicenses 4.14 (“assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele”) refere-se à Segunda Vinda de Cristo “com os santos”. Ao contrário, na ocasião do Arrebatamento Jesus trará a alma e o espírito dos cristãos fisicamente mortos para serem reunidos com seus corpos na ressurreição, levando-os para o céu juntamente com os vivos transformados. Na Segunda Vinda Ele trará consigo de volta à terra os santos vivos, que já foram ressuscitados e previamente levados ao céu no Arrebatamento.
         Antes da volta de Cristo com os Seus santos haverá a celebração das Bodas do Cordeiro com Sua Noiva (Ap 19.7). Tendo passado pelo Tribunal de Cristo (1 Co 3.12-15); (2 Co 5.10 ), os santos estarão vestidos de linho fino, branco e puro (Ap 19.8). Certamente eles devem ser também o exército vestido de linho fino, branco e puro (Ap 19.14) que virá com Cristo para destruir o Anticristo. Quando eles foram levados ao céu? É claro que isso não ocorrerá durante a própria Segunda Vinda, pois não haveria tempo suficiente nem para o Tribunal de Cristo, nem para as Bodas do Cordeiro. O Arrebatamento deve ter ocorrido anteriormente.
         Aqueles que estão com seus pés plantados na terra, esperando encontrar um “Cristo”, esquecem que o verdadeiro Cristo virá nos buscar para nos encontrarmos com Ele nos ares e nos levará para a casa de Seu Pai. Eles se esquecem também que o Anticristo estabelecerá um reino terreno antes que o verdadeiro Rei volte para reinar. Infelizmente, os que se empenham em estabelecer um reino nesta terra estão preparando o mundo para o reino fraudulento do “homem do pecado”.

A Escritura registra duas vindas

         Como alguém nos tempos do Velho Testamento poderia saber que haveria duas vindas do Messias? Somente por implicação. Ou os profetas se contradisseram quando profetizaram que o Messias seria rejeitado e crucificado e que Ele também seria proclamado Rei sobre o trono de Davi para sempre, ou eles falavam de duas vindas de Cristo.
         Não há forma de colocar dentro de um só evento o que os profetas disseram. Simplesmente tem de haver duas vindas do Messias: primeiro como o Cordeiro de Deus, para morrer pelos nossos pecados, e depois como o Leão da Tribo de Judá (Os 5.14-15; Ap 5.5), em poder e glória para resgatar Israel no meio da batalha do Armagedom.
         A mesma coisa acontece no Novo Testamento. Note as muitas contradições, a menos que estes sejam dois eventos:
        1) Ele vem para Seus santos e numa hora que ninguém espera; mas vem com Seus santos quando todos souberem que Ele está vindo.
        2) Ele não vem à terra mas arrebata os santos para se encontrarem com Ele nos ares (1 Ts 4.17); por outro lado, Ele vem à terra: “E naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras” (Zc.14.4 ACF), e os santos vem à terra com Ele.
        3) Ele leva os santos para o céu, para as muitas mansões na casa de Seu Pai, para estarem com Ele (Jo.14.3); mas traz os santos do céu (Zc 14.5, Jd 14).
        4) Ele vem para Sua Noiva num tempo de paz e prosperidade, bons negócios e prazeres (Lc 17.26-30); mas volta para salvar Seu povo Israel quando o mundo já terá sido praticamente destruído, em meio ao pior conflito já visto na terra, a batalha do Armagedom.


Rebatendo as críticas ao Arrebatamento

         Cristo declarou:
“E, como aconteceu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do homem. Comiam, bebiam, casavam, e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio, e os consumiu a todos. Como também da mesma maneira aconteceu nos dias de Ló: Comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma choveu do céu fogo e enxofre, e os consumiu a todos. Assim será no dia em que o Filho do homem se há de manifestar.” (Lc 17.26-30 ACF).
        Essas condições mundiais por ocasião do Arrebatamento só podem se referir ao período anterior à Tribulação;  certamente não ao final dela!
        Arrebatamento? Há críticos afirmando que a palavra “Arrebatamento” nem está na Bíblia! Isso não é verdade, pois a versão latina da Bíblia (Vulgata), feita por Jerônimo no quinto século, traduziu o grego harpazo (arrancar subitamente) pela palavra raptus (raptar), da qual deriva “Arrebatamento”. Foi o que Cristo nos prometeu em João 14: levar-nos para o céu.
        Outros críticos papagueiam o mito propagado por Dave MacPherson, de que o ensino do Arrebatamento antes da Tribulação apareceu apenas no início do século XIX através de Darby, que o teria aprendido de Margaret MacDonald. Ela o teria recebido de Edward Irving, e este, por sua vez, o teria encontrado nos escritos do jesuíta Emmanuel Lacunza. Isso simplesmente não é verdade. Muitos escritores anteriores expressaram a mesma convicção. Um deles foi Ephraem de Nisibis (306-373 d.C.), bem conhecido na história da igreja da Síria. Ele afirmou: “Todos os santos e eleitos de Deus serão reunidos antes da tribulação, que está por vir, e serão levados para o Senhor...” Seu sermão com essa afirmação teve ampla circulação popular em diferentes idiomas.
         Sim, há uma vinda do Senhor após a Tribulação:
“E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.” (Mt 24.29-30).
        A referência aos anjos “ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos” (vv. 29-31 ACF) certamente não significa Cristo arrebatando Sua Igreja para levá-la ao céu, pois trata-se do ajuntamento do Israel disperso, de volta à sua terra quando da Segunda Vinda.
         Cristo associou o mal com o pensamento de que Sua vinda se atrasaria:
“Mas se aquele mau servo disser no seu coração: O meu senhor tarde virá;” (Mt 24.48; Lc 12.45 ACF).
        Novamente, essa afirmação não tem sentido se o Arrebatamento vem após a Tribulação.
         Não existe motivo maior para uma vida santa e um evangelismo diligente do que saber que o Senhor poderia nos levar ao céu a qualquer momento. Que a Noiva acorde do seu sono, apaixone-se novamente pelo Noivo, e de coração diga continuamente por meio da sua vida diária: “Ora vem, Senhor Jesus. (Ap 22:20 ACF)”

Autor: Dave Hunt

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A Parábola das Dez Virgens

 

Mateus 25: 1-13

1. Então, o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram a encontrar-se com o noivo.
2. Cinco dentre elas eram néscias, e cinco, prudentes.
3. As néscias, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo;
4. No entanto, as prudentes, além das lâmpadas, levaram azeite nas vasilhas.
5. E, tardando o noivo, foram todas tomadas de sono e adormeceram.
6. Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! Saí ao seu encontro!
7. Então, se levantaram todas aquelas virgens e prepararam as suas lâmpadas.
8. E as néscias disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão-se apagando.
9. Mas as prudentes responderam: Não, para que não nos falte a nós e a vós outras! Ide, antes, aos que o vendem e comprai-o.
10. E, saindo elas para comprar, chegou o noivo, e as que estavam apercebidas entraram com ele para as bodas; e fechou-se a porta.
11. Mais tarde, chegaram as virgens néscias, clamando: Senhor, senhor, abre-nos a porta!
12. Mas ele respondeu: Em verdade vos digo que não vos conheço.
13. Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora.

Que tipo de virgem somos nós?

Sabia que esta pergunta é fácil de responder? Os versículos 3 e 4 dizem: As NÉSCIAS, ao tomarem as suas lâmpadas, NÃO LEVARAM AZEITE consigo. No entanto, as PRUDENTES, além das lâmpadas, LEVARAM AZEITE nas vasilhas”.

Qual a diferença das virgens néscias para as prudentes? Resposta: “O AZEITE”.

1.     Todas eram virgens, ou seja, tinham um compromisso com o noivo.
2.      Todas tinham as lâmpadas.
3.      Todas estavam esperando pelo noivo.

Agora, entendendo a parábola, como poderíamos explicá-la?

1º) O que representa as virgens? Resposta: “É A ESPOSA DO CORDEIRO; A IGREJA DE CRISTO”; (Apocalipse 21: 9 / Efésios 5: 25-27).

2º) O que são as lâmpadas? “A PALAVRA DE DEUS”.

* Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos; (Salmos 119: 105).

* Todas tinham a Palavra, as instruções de Deus.

* Sabemos que o objetivo das lâmpadas era para iluminar o caminho, os pés e o ambiente. Claro que para isso, era necessário o azeite.

* O Salmos 119: 105 se encaixam bem com esta parábola. Diz: “LÂMPADA para os meus pés É A TUA PALAVRA”.

* A Palavra é para orientar os nossos pés, aonde eles devem pisar. Jesus disse: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”; (João 8: 32). E: “Santifica-os na verdade; A TUA PALAVRA É A VERDADE”; (João 17: 17).

* Podemos afirmar que as lâmpadas “É A PALAVRA DE DEUS”. É ela quem nos guia a seguir o caminho certo. O Salmos 119: 9 diz: De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? OBSERVANDO-O SEGUNDO A TUA PALAVRA”. Vemos aí que é a Palavra de Deus quem nos guia.

3º) E o que significa: “E, tardando o noivo, foram todas tomadas de sono e adormeceram”; (Mt. 25: 5). Resposta: Significa que TODAS estavam conscientes à espera do noivo.

Diante de todas estas afirmações, a quem a Bíblia se refere a respeito das virgens? Da igreja, o corpo de Cristo, ou do mundo? Evidente que é da Igreja!

Mas você percebeu que nem todas eram prudentes, e que cinco delas – as néscias – não entraram com o noivo para as bodas? Por quê? Porque não tinham o azeite.

Lembre: A única diferença foi o azeite!

Quero dizer a você, em poucas palavras, que o azeite representa o óleo, a unção, a luz e a vida de Deus operando em nós. Representa também a vigilância. A Bíblia diz que Jesus vai coroar TODOS OS QUE AMAREM A SUA VINDA, (II Timóteo 4: 8).

As virgens néscias representam àquelas pessoas que estão embriagadas e tontas com os cuidados e riquezas deste mundo e se afastam do Evangelho de Cristo. É a igreja despreparada e desatenta para a vinda e as bodas do Cordeiro. São aquelas pessoas sem compromissos com a verdade do evangelho. É A IGREJA ADORMECIDA!

Diante de tudo isso, quero falar um pouco sobre a igreja adormecida ou, a igreja que dorme.

Pra você, quem é a igreja que dorme? Responda!

a)      São os crentes frios, desanimados; àqueles que quase não vão à igreja?

b)      São os católicos?

c)       São os pastores?

d)     Ou são todos os que se esquecerem de vigiar, santificar-se, e que vive uma vida sem compromisso com Deus, que apenas vão uma vez à igreja – aos domingos – e não consideram as Palavras de Jesus?