terça-feira, 20 de dezembro de 2011

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Cair no Espírito


"Cair no Espírito", “Renovo” ou “Visitação” são os termos mais comuns usados para referir-se ao desfalecimento experimentado por uma pessoa ao ser ungida com óleo ou ao receber uma oração, com ou sem imposição de mãos.

É um assunto polêmico, sem dúvida, com gente contra e a favor, com explicações e interpretações variadas, de acordo com a formação teológica de cada um. Alguns chegam até a dizer que isso é coisa do diabo, mas devemos sempre ter certo cuidado ao julgar qualquer assunto, inclusive este, pois, encontramos na Bíblia muitos registros em que pessoas desfaleceram diante da presença de Deus:

- O povo inteiro caiu “sobre suas faces”, diante da glória de Deus – Lv 9.24.
-
Manoá e sua mulher, ao ver um anjo, “caíram em terra sobre seus rostos” – Jz 13:20.
-
O povo inteiro caiu, novamente – I Rs 18.39.
-
Daniel caiu sobre o seu rosto num profundo sono – Dn 10.9.
-
Os discípulos, na transfiguração, caíram sobre os seus rostos – Mt 17.6.
-
Os soldados que foram prender Jesus caíram por terra – Jo 18.4-6.
-
Os guardas que crucificaram Jesus ficaram “como mortos” – Mt 28.4.
-
Saulo caiu em terra, tremendo e atônito – Atos 9.4-6.
-
O apóstolo João caiu como morto ao ver o Cristo Glorificado – Ap 1.17.

ESSE FENÔMENO, HOJE, NÃO PODERIA SER APENAS FRUTO DE UMA FORÇA PESSOAL, COMO A HIPNOSE?

Sim, se consideramos, biblicamente, que a presença, a glória e o poder de Deus podem produzir esta reação em algumas pessoas, temos que considerar, também, que homens mal intencionados (e o próprio diabo) tentarão reproduzi-la por outros meios, ou, até mesmo, falsificá-la. Mas, não é tão difícil distinguir o falso do verdadeiro: O que é de Deus glorifica somente o nome de Jesus.

NÃO PODERIA SER UMA POSSESSÃO DEMONÍACA?

O fenômeno do “cair no Espírito” é bem diferente do fenômeno de possessão demoníaca. Com um pouco de discernimento fica fácil distingui-los.

O QUE A PESSOA SENTE, QUANDO "CAI"?

Isso varia de pessoa para pessoa. Alguns ficam surpresos (e até com vergonha), pois não esperavam por isso. Outros, após o desfalecimento, ficam simplesmente deitados por um tempo relativamente pequeno, até se recuperarem, e logo se levantam, sem experimentar algum sentimento mais forte ou especial. Há os que têm reações diversas, como riso e choro, ou ficam em silêncio profundo, como que desmaiadas, ou têm uma "sensação de uma enorme leveza e alegria". Uns poucos manifestam os chamados dons espirituais carismáticos, como a diversidade de línguas, visões etc.

O QUE MUDA NA VIDA PESSOA?

Isso depende da pessoa. Alguns se levantaram para ser bênção, como o apóstolo Paulo, mas, para outros, nada muda, como os soldados que foram prender Jesus.

É CERTO ALGUÉM DESEJAR TER ESTA EXPERIÊNCIA?

Mais uma vez, se consideramos, biblicamente, que a presença de Deus pode produzir tal fenômeno em algumas pessoas, não vejo nenhum problema em desejá-lo.

Autor: Pr Ronaldo Franco

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Contrato ou Aliança!!!

Então levantaram a voz, e tornaram a chorar; e Orfa beijou a sua sogra, porém Rute se apegou a ela. Rute 1:14.

Essas duas palavras se parecem (contrato e aliança) mas não significam a mesma coisa e com isso chego a pensar em algumas realidades da vida.

É muito mais fácil e conveniente fazer um contrato que uma aliança.

É comum que um homem e uma mulher façam um contrato ou acordo para viverem maritalmente juntos, mas não querem o casamento que significa uma aliança.

É muito mais fácil congregar em uma igreja que ser membro de aliança com a mesma.

Nesse versículo, temos três personagens:

1. Noemi que pode representar a Deus ou a igreja. Seu nome significa “minha suavidade”.
2. Orfa representa o contrato. O significado de seu nome é "com duas opiniões, endurecida”.
3. Rute representa a aliança.  "Beleza, algo que é digno de ser olhado, amizade, satisfeita” é o que seu nome significa.

CONTRATO (Orfa)

O beijo que Orfa deu em Noemi, foi o beijo do contrato desfeito, do adeus, do acabou-se tudo pois Noemi já não oferecia mais nada a ela.

Isso é o que chamo de um acordo escrito ou falado baseado em desconfiança, traçando as condições e conseqüências caso seja quebrado. Pode ser feito somente entre duas pessoas.

É um interesse próprio e vem com responsabilidades limitadas. Ele estabelece um período de tempo para a vida útil de certas mercadorias. Pode ser quebrado com consentimento mútuo.

Reconheço que há na vida necessidades de contratos, principalmente em termos profissionais, de imóveis e situações semelhantes. Mas pensar em contrato a nível de relacionamento entre um homem e uma mulher ou entre um cristão e uma igreja ou Deus por exemplo, já se torna muito complicado.

Normalmente a expressão do contrato é assim: “Eu tomo você para mim por um tempo e vamos ver se dá certo”.

Relacionamentos com bons começos, saudáveis e com boas bases, não vivem de contrato, mas de aliança.

ALIANÇA (Rute)

O apego de Rute representa uma verdadeira aliança. Rute continua com Noemi não importando o momento da dificuldade; isso é aliança.

Aliança é um compromisso verbal, escrito e assinado, baseado na verdade, assegurando a alguém de que a sua promessa é incondicional e boa para a vida.

É feita diante da lei de Deus, dos homens e da pessoa de Deus como um ato de amor, entrega e compromisso um pelo outro.

É para beneficio de outros e vem com responsabilidades ilimitadas. Não tem data de validade; é até que a morte separe. É planejada para ser inquebrável.

Normalmente a expressão da aliança é assim: “Eu me entrego a você e me comprometo por toda a minha vida”.

DEUS DE ALIANÇA

Deus é um Deus de alianças! A Bíblia é um livro de alianças!

Fez aliança com Noé de que a terra nunca mais seria destruída pelas águas de um dilúvio (Gn 9.12-17).
Fez aliança com Abraão de que uma nação inteira de descendentes viria de sua linhagem (Gn 17.1-8).
Fez aliança com Moisés de que o povo de Israel seria possessão permanente de Deus (Ex 19.3-6).
Fez aliança com Davi de que um rei se assentaria em seu trono para sempre (2ª Sm 7.7-17).

Fez uma “nova aliança” pelo sangue de Cristo, estabelecendo uma herança interminável e imutável de perdão de pecados e de vida eterna para aqueles que crêem nEle (Hb 9.15).

Nenhuma dessas alianças Deus quebrou.

CONCLUSÃO

O casamento civil entre um homem e uma mulher, é uma aliança.
Tornar-se membro ativo e comprometido com uma igreja, é uma aliança.
Decidir viver para Deus de todo coração e independente das circunstancias, isso é uma aliança.
  
No casamento, o anel representa os votos da aliança; não são meras obrigações que você espera cumprir, mas promessas pensadas previamente, declaradas publicamente e testemunhadas por outros (isso acontece quando alguém se torna membro de uma igreja também).

Manter a aliança em uma igreja, não é algo que se consegue com as próprias forças.
Antes da pessoa fazer uma aliança com a igreja, Deus já tinha feito com eles e se tanto a pessoa como a igreja convida Deus para essa aliança, então a aliança é feita entre três pessoas (Deus + novo membro + a igreja = aliança) validando assim uma aliança no mundo espiritual e físico.

E, se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa. Eclesiastes 4:12.

Como Deus nunca falhou em nenhuma de suas alianças, Ele não vai falhar na aliança de um crente com a igreja ou de um casal.

A membresia de uma igreja, o casamento ou o compromisso com Deus, não é um contrato com clausulas escapatórias e exceções, mas sim uma aliança projetada para acabar com todos os atalhos de fuga.

Ninguém pode separar o que Deus uniu através da aliança (Mt 19:4-6).
Como você é?
Como Orfa (contrato) ou como Rute (aliança).
Lembre-se: Contrato se faz entre duas pessoas, aliança se necessita no mínimo três.

Para questões materiais; faça contratos.
Para questões de relacionamentos (família, igreja, Deus); faça aliança.
http://www.slideboom.com/presentations/438955/SO-O-AMOR-NAO-SUSTENTA

sábado, 29 de outubro de 2011

Incomparável - Ministerio Além do Véu

O livro por Excelência

O livro por Excelência

Na esfera humana muitas pessoas lutam para terem  seus nomes inscritos no” Guiness Book" O livro dos recordes mundiais, onde homens e mulheres de todo o planeta quer deixar sua marca, seu nome, seu recorde. Depois de apresentarem suas façanhas passam por inspeção, ou avaliação para entrar na galeria dos recordistas.  Guiness Book" é muito importante , registrar  grandes aventuras ,  coragem, determinações , daqueles que superaram marcas , transpondo-as. Conta histórias daqueles que fizeram histórias.

Há um livro um tanto quanto desconhecido, no entanto mais importante que o ”Guiness Book"  humano , é o chamado livro da vida , um livro celestial  que  registra os recordistas espirituais , dos que transporam todos os obstáculos fazendo grandes marcas, receberam e aceitaram em suas vidas, a marca do sangue de Jesus. Conseguiram branquear suas vestiduras no sangue do cordeiro, por isso seus nomes estão inscritos neste livro (Ap 7:14).
Ap 20:15  E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.

Segue abaixo um esboço do Pr. Gesiel Gomes,Guiness Book" sobre o Guiness Book" celestial.

Tema : O LIVRO DA VIDA

I- O MAIS IMPORTANTE LIVRO DO UNIVERSO - O LIVRO DA VIDA
1. Um livro que jamais foi visto na Terra
2. Um livro que não contem registros feitos por mãos humanas
3. Um livro que nunca se acabará
4. Um livro que contem registros infalíveis e inapeláveis.
II- POR QUE ELE E CHAMADO DE LIVRO DA VIDA?
1. Porque ele está guardado no Reino da Vida
2. Porque ele é administrado pelo Príncipe da vida
3. Porque ele diz respeito aos que possuem vida eterna
4. Porque os que nele são inscritos são recomendados pelo
Espírito da vida
III- PARA QUE DEUS CRIOU O LIVRO DA VIDA?
1. Para registrar os nomes dos nascidos de novo,  os  futuros habitantes do Céu
1.1 Os Salvos
1.2 Os Santos
1.3 Os Servos
2. Para registrar os nomes dos que jamais morrerão espiritualmente.
2.1 O pecado produziu morte
2.2 A salvação produziu vida
3. Para registrar os nomes dos que serão arrebatados
3.1 O Arrebatamento está anunciado claramente na Bíblia
3.2 Os Governos recolhem seus cidadãos em caso de guerra, calamidade
4. Para registrar os nomes dos destinados a vencer Satanás
4.1 Vencerão pela Palavra de Deus
4.2 Vencerão pelo sangue do Cordeiro)
 IV- AS QUATRO MAIORES TRAGÉDIAS DA VIDA
1. Viver neste mundo sem ter abarcado a Cristo
2. Sair deste mundo sem Ter a certeza de salvação
3. Morrer sem ter o nome escrito no Livro da Vida
2. Ter o nome escrito e depois ser ele riscado
Conclusão
Venha a Cristo para que seu nome seja escrito
Faça uma confissão que confirme seu nome no livro da vida (Mt 10.32; Rm 10.9,10)


Introdução:
João Ferreira da Costa

Esboço de mensagem
Pr. Gesiel Gomes

sábado, 3 de setembro de 2011

Oração Eficaz 


"A oração fervorosa de um homem justo tem grande poder e resultados maravilhosos".

De início quero citar o seguinte acontecimento, que ilustra muito bem a oração eficaz:
       Em um país do ex-bloco comunista o prefeito de uma pequena cidade lançava olhares invejosos em direção a um centro cristão de reabilitação. Ele espalhou calúnias para prejudicar os cristãos e para atrair medidas restritivas do Estado contra os cristãos. Ele teve sucesso? Sim, o trabalho e o raio de ação do centro de reabilitação foram reduzidos. Ele publicou resoluções que prejudicaram o centro. Ele tinha a esperança do centro ser fechado algum dia e esperava que nessa ocasião fosse receber toda a propriedade para fazer dela um asilo estatal. Será que com isso ele não iria conseguir muitos elogios da direção do Partido Comunista? Sem dúvida, mas tratava-se de um caso de evidente injustiça!
       O que um cristão deve fazer em uma situação dessas? Ele deve organizar uma manifestação? Deve enviar uma carta de protesto ao redator-chefe do jornal local criticando a injustiça cometida? Ou será que ele deve resistir ao cumprimento das restrições? Ou será que ele deve ocupar a prefeitura acompanhado de seus colaboradores e não sair dali até que tudo tenha sido resolvido a seu contento? Não se precisa de muita fantasia para imaginar onde esse comportamento teria conduzido os cristãos em um país comunista.
       Mas como foi que aqueles cristãos dominaram a situação? Eles aceitaram as restrições sem reclamar. E eles começaram a orar. O diretor do centro passou uma noite inteira em oração... e não tomou outra iniciativa qualquer, mas simplesmente confiou na proteção do Senhor.
       Mas eis que uma série de fatos incomuns começou a acontecer. Um farmacêutico comunista da cidade ficou irritado com o prefeito e fez queixa em instâncias superiores argumentando que as restrições impostas ao centro de reabilitarão eram infundadas. Operários da fábrica local se desentenderam com o prefeito e declararam inválida sua assinatura na resolução. Alguns dias depois, o prefeito apareceu no centro de reabilitação, pediu desculpas pelos transtornos e ao mesmo tempo suspendeu todas as restrições que havia imposto.
       Nesse acontecimento, a luta espiritual, a estratégia espiritual, as armas espirituais e a vitória espiritual tomaram forma concreta. ("In Bildern reden", Heinz Schäfer)
Todo verdadeiro filho de Deus anseia orar de maneira eficaz. Quais são as condições para isso? Em Tiago 5.16-17 somos conclamados:


"Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo. Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou com instância para que não chovesse sobre a terra, e por três anos e seis meses não choveu."  Tiago 5.16.17

Justiça Isolada Não Basta


       "Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo..." O pré-requisito para que Deus nos ouça é sermos justos, e temos essa justiça única e exclusivamente em Jesus Cristo.
       Justiça significa viver e agir exatamente da maneira que Deus aprova. Jesus Cristo foi a única pessoa sobre a terra que andou de modo tão perfeito nos caminhos do Senhor que Deus pôde lhe dar Sua plena aprovação. A justiça, assim como a Bíblia a entende, é concedida a todos os que crêem no Senhor Jesus:


"Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê" Romanos 10.4.

A Bíblia fala de Abraão e diz que ele creu em Deus e que isso lhe foi imputado como justiça (Tg 2.23). Essa justiça de Abraão mostrou seus frutos na maneira de viver de Abraão. Ela trouxe resultados; não era estática, mas muito dinâmica. E nós sabemos que as orações de Abraão foram atendidas pelo Senhor.
       Igualmente a justiça que nós temos através de Jesus precisa ter conseqüências em nossa vida para que o Senhor possa ouvir as nossas orações. É uma justiça que se torna ativa. Se a justiça que Jesus nos proporciona não se refletir em nossa vida prática, nossas orações ficarão sem poder.
   "A oração fervorosa de um homem justo tem grande poder e resultados maravilhosos..." (A Bíblia Viva). Isso não significa nada mais do que a justiça que Jesus nos dá produzindo seus frutos e resultados maravilhosos na prática. A oração do justo tem conexão com fervor e seriedade; ela não é um ato isolado. E orar com fervor é uma das coisas que têm sua origem na justiça que recebemos através de Jesus!

Justiça Dinâmica – Oração que pode ser atendida


       "A oração fervorosa de um homem justo tem grande poder e resultados maravilhosos". Isso significa que, por um lado, a oração do justo tem que ser eficaz, mas também que existem orações que não têm efeito – e isso pode acontecer mesmo depois de já termos sido justificados por Jesus.

O que realmente faz parte da oração eficaz de um justo?



  • Disposição fraternal de perdoar
"Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros, para serdes curados" (Tg 5.16a).


       Essa afirmação está intimamente ligada com a frase: "A oração fervorosa de um homem justo tem grande poder e resultados maravilhosos." Uma oração só pode ser fervorosa quando também existe fervor e sinceridade nos relacionamentos entre os irmãos em Cristo. Talvez muitas orações não sejam atendidas pelo Senhor porque existe discórdia entre os irmãos, porque se guarda rancor no coração e porque não existe disposição de perdoar o próximo e de confessar os pecados uns aos outros.
       Quando a Bíblia nos exorta e diz: "Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros...", geralmente existe culpa em ambos os lados, por ambos terem se tornado culpados dentro de um relacionamento. E isso deve ser consertado por ambas as partes envolvidas, com as duas pessoas buscando o diálogo, confessando os pecados e voltando a orar uma pela outra.
       A Bíblia ensina:


"E, quando estiverdes orando, se tendes alguma cousa contra alguém, perdoai, para que vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas. Mas, se não perdoardes, também vosso Pai celeste não vos perdoará as vossas ofensas" (Mc 11.25-26).


       A justiça de Jesus não pode se tornar manifesta onde existem conflitos e onde não existe a disposição sincera de um perdoar ao outro.
       Há, por exemplo, brigas em uma família. Duas irmãs não se entendem. Talvez exista inveja entre elas. Ou é um casamento que não funciona direito, um cônjuge vive afastado do outro ao invés de viverem lado a lado e de viverem um para o outro. Ou pensemos na situação dentro da igreja: simplesmente não conseguimos nos relacionar com um certo irmão ou com uma certa irmã. Em certos assuntos temos opiniões diferentes. E então foram ditas palavras não muito amáveis. Agora, tudo o que o outro faz é questionado e posto em dúvida. E como é rápido pecar com os lábios falando mal do próximo para que a gente pareça melhor.
       Mas o pior de tudo é quando não se consegue de jeito nenhum iniciar uma conversa franca e aberta, não consegue se aproximar do outro para confessar o próprio comportamento errado e quando não conseguimos nos humilhar pelos nossos erros. Se a gente fizesse isso, o outro poderia se sentir vitorioso, não é? Ou já temos uma desculpa pronta de antemão: "Com ele não adianta mesmo falar". E é assim que o pecado continua existindo dentro da igreja. Talvez procuremos ignorar o fato, reprimindo a lembrança do mesmo quando vem à nossa mente ou argumentando que a coisa não é tão grave assim, mas o pecado continua sem ter sido perdoado. Mas onde não aconteceu perdão, o pecado continua a persistir, assim como a Bíblia o diz:


"Sabemos que Deus não atende a pecadores; mas, pelo contrário, se alguém teme a Deus e pratica a sua vontade, a este atende" (Jo 9.31).
       Queridos irmãos, nós todos desejamos que nossas orações sejam atendidas e que sejam eficazes! Por isso, batalhemos com ardor para que isso possa se concretizar. E o que precisamos fazer? Passar por cima dos nossos próprios sentimentos, fazendo um grande esforço e indo falar com quem temos problemas, confessando os pecados uns aos outros. Quem não faz isso, mas continua frio e distanciado em relação ao outro, está no caminho completamente errado. Provérbios 14.21a diz:


"O que despreza ao seu vizinho peca", e outra versão diz o seguinte: "O que despreza ao seu companheiro peca" (Ed. Rev. e Corr.).  Provérbios  14.21a
       Em Provérbios 6 são enumeradas seis coisas que aborrecem ao Senhor, mas a sétima é uma abominação para Ele: "... o que semeia contendas entre os irmãos" (v. 19). Por isso alguém certa vez transcreveu Tiago 5.16 assim: "A oração de uma pessoa que está em paz com Deus faz milagres." Mas eu só vivo em paz com Deus quando igualmente vivo em paz com meus irmãos em Cristo (1 Jo 2.9,11).

  • Fé inquebrantável e insistente
      Exatamente Elias é usado para exemplificar essa verdade: 

"Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou com instância para que não chovesse sobre a terra, e por três anos e seis meses não choveu" (Tg 5.17).

Elias é um dos maiores profetas do Antigo Testamento, e, através do Senhor, ele foi capaz de fazer coisas grandiosas em uma época de apostasia quando as pessoas abandonavam ao Senhor. Mas exatamente Elias é classificado como o homem que "era semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos." Em sua vida, ele experimentou altos e baixos – mas orava com fervor e tinha uma fé inabalável. Elias não tinha sentimentos diferentes dos nossos. Ele era sujeito aos mesmos altos e baixos pelos quais nós passamos. Mas em sua fé ele era inabalável!
        Aqui a Bíblia quer nos ensinar que não devemos olhar para as aparências, nem para os nossos sentimentos e muito menos para as circunstâncias, e que não devemos condicionar nossa vida de oração a essas coisas. Mas somos exortados e animados a orarmos com uma fé que não vacila.
       Tenhamos nova coragem e novo ânimo para orarmos fervorosamente, com seriedade, e para assumirmos atitudes concretas, atitudes de justiça que são imprescindíveis para que nossas orações sejam respondidas. "Muito pode, pela sua eficácia, a súplica do justo."

Autor:  Norbert Lieth
Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, outubro de 1997.

sábado, 27 de agosto de 2011

Distinção entre o Arrebatamento e a Segunda Vinda de Cristo

    “E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra. 20 ...Certamente cedo venho.” (Ap 22.12,20b ACF).
“Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo.” (Tt 2:13 ACF)

O encontro nos ares

         Essas palavras, as últimas de Cristo que foram registradas por escrito, confirmam Sua promessa anterior:
“...virei outra vez, e o vos levarei para mim mesmo, para onde eu estiver estejais vós também” (Jo 14.3 ACF).
        Paulo faz referência ao cumprimento dessa promessa:
“Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. 17  Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.” (1 Ts 4.16-17 ACF).
         Como resposta a essas promessas de Cristo, “E o Espírito e a esposa dizem: Vem.” (Ap 22.17 ACF); ao que João adiciona, jubilante: “Amém. Ora vem, Senhor Jesus.” (Ap 22.20b ACF). Quem é essa esposa? Após declarar que esposo e esposa são “e serão dois numa carne”, Paulo explica:
“Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja.” (Ef 5.32 ACF).

A qualquer momento

         As palavras de Cristo, do mesmo modo como as de João, do Espírito e da Noiva, não fariam sentido se essa vinda para levar os crentes para Si mesmo tivesse que esperar a revelação do Anticristo (perspectiva pré-ira) ou a consumação da Grande Tribulação (perspectiva pós-tribulacionista). Uma vinda de Cristo “pós-qualquer coisa” para Sua Noiva simplesmente não se encaixa nessas palavras das Escrituras. Afirmar que a Grande Tribulação deve ocorrer primeiro, para que o Espírito e a Noiva digam: “Ora vem, Senhor Jesus”, é como exigir o pagamento de uma dívida que vai vencer somente em sete anos!
         Um Arrebatamento “pós-qualquer coisa” vai contra várias passagens das Escrituras que demandam claramente a vinda de Cristo a qualquer momento (iminente). O próprio Jesus disse:
“Estejam cingidos os vossos lombos, e acesas as vossas candeias. E sede vós semelhantes aos homens que esperam o seu senhor” (Lc 12.35,36a ACF).
        Esse mandamento seria ridículo se Cristo pudesse vir para o Arrebatamento apenas após os sete anos da Tribulação.
         A vinda que a Noiva de Cristo tanto deseja levará à ressurreição dos mortos e à transformação dos corpos dos vivos. Isso fica bem claro não somente em 1 Tessalonicenses 4, mas também através de outras passagens:
“...de onde (os céus) também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu glorioso” (Fp 3.20-21 ACF).

         Muitas outras passagens também incentivam os crentes a vigiar e esperar com intensa expectativa. Essas exortações somente fazem sentido se a possibilidade de Cristo levar Sua Noiva para o céu puder ocorrer a qualquer momento:
“...esperando a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Co 1.7 ACF);
“...e como dos ídolos vos convertestes a Deus, para servir o Deus vivo e verdadeiro, e esperar dos céus o Seu Filho...” (1 Ts 1.9-10a ACF);
“Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e Salvador Jesus Cristo” (Tt 2.13 ACF);

“...aparecerá segunda vez ...aos que o esperam para a salvação” (Hb 9.28 ACF); “Sede, pois, irmãos, pacientes até à vinda do Senhor” (Tg 5.7a ACF).
         Diferentes opiniões sobre o Arrebatamento não afetam a salvação, mas deveríamos procurar entender o que a Bíblia diz. A Igreja primitiva estava claramente esperando o Senhor a qualquer momento. Estar vigiando e esperando por Cristo, se o Anticristo deve aparecer primeiro, é como esperar o Pentecoste antes da Páscoa. No entanto, Cristo exortou: “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora” (Mt 25.13a ACF);
“Para que, vindo de improviso, não vos ache dormindo. E as coisas que vos digo, digo-as a todos: Vigiai.” (Mc 13.36-37 ACF).

A surpresa da Sua vinda

         A seguinte afirmação de Jesus também não se encaixa numa vinda pós-tribulacionista:
“Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis” (Mt 24.44 ACF).
        É absurdo imaginar que qualquer pessoa sobrevivente da Grande Tribulação, que tenha visto os eventos profetizados (as pragas e julgamentos derramados na terra; a imagem do Anticristo no Templo; a marca da besta imposta a todos que quiserem comprar e vender; as duas testemunhas testificando em Jerusalém, sendo mortas, ressuscitadas e levadas ao céu; Jerusalém cercada pelos exércitos do mundo, etc.), tendo contado os 1260 dias (3 anos e meio) de duração da segunda metade da Grande Tribulação (preditos em Apocalipse 11.2-3;12.14), poderia imaginar naquela hora que Cristo não estaria a ponto de retornar! Após todos esses acontecimentos, isso será por demais evidente. Portanto, simplesmente não há como reconciliar uma vinda de Cristo pós-tribulacionista com Seu aviso de que virá quando não estiver sendo esperado.

Distinção entre Arrebatamento e Segunda Vinda

         Somente essa afirmação já distingue o Arrebatamento (a retirada da Igreja da terra para o céu) da Segunda Vinda (para resgatar Israel durante o Armagedom); pois este último acontecimento não vai surpreender quase ninguém. Contrastando com Seu aviso de que mesmo muitos na Igreja não O estarão esperando, as Escrituras anunciam outra vinda de Cristo quando todos os sinais já tiverem sido cumpridos e todos souberem que Ele está voltando. A um Israel descrente, Cristo declarou:
“Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo, às portas.” (Mt 24.33 ACF).
        Até o Anticristo saberá:
“E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo, e ao seu exército.” (Ap 19.19 ACF).
         Ou Cristo está se contradizendo (impossível!), ou Ele está falando de dois eventos. Jesus disse que virá num tempo de paz e prosperidade quando até Sua Noiva não estará esperando por Ele:
“Portanto, estai vós também apercebidos; porque virá o Filho do homem à hora que não imaginais.” (Lc 12.40 ACF).

         Não somente as [virgens] néscias, mas até as sábias estarão dormindo:
“E, tardando o esposo, tosque-nejaram todas, e adormeceram.” (Mt 25.5 ACF).
         No entanto, a Escritura diz que o Messias virá quando o mundo estiver quase destruído pela guerra, fome e os juízos de Deus, e quando Israel estiver quase derrotado. Então, Yahweh declara: “e olharão para mim, a quem traspassaram” (Zc 12.10b ACF), e todos os judeus vivos na terra reconhecerão seu Messias que retornará como “Deus forte, Pai da Eternidade” (Is 9.6 ACF): exatamente como os profetas previram, Ele veio como homem, morreu pelos seus pecados, e retornará, dessa vez para salvar Israel. Sobre esse momento culminante, Cristo declara: “Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo” (Mt 24.13 ACF). Paulo adiciona: “...todo o Israel [ainda vivo] será salvo”... (Rm 11.26 ACF).

Dois eventos distintos

         Não podemos escapar ao fato de que duas vindas de Cristo ainda se darão no futuro: uma que surpreenderá até mesmo Sua Noiva e outra que não será uma surpresa para quase ninguém. As duas não podem ser o mesmo evento. Mas onde o Novo Testamento diz que ainda há duas vindas a serem cumpridas? Todo cristão crê em duas vindas de Cristo: Ele veio uma vez à terra, morreu pelos nossos pecados, ressuscitou dentre os mortos, retornou ao céu e voltará. Contudo, em nenhum lugar o Antigo Testamento diz que haveria duas vindas distintas.
         Esse fato causou confusão para os rabinos, para os discípulos de Cristo e até para João Batista, que era “...e será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre  sua mãe” (Lc 1.15, 41,44 ACF), João tinha testificado que Jesus era “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.” (Jo 1.29 ACF). No entanto, este último dos profetas do Velho Testamento, de quem não havia ninguém maior “nascidos de mulheres” (Lc 7.28 ACF), começou a duvidar: “És tu aquele que havia de vir, ou esperamos outro?” (Mt 11.3 ACF).
         Somente uma vinda do Messias era esperada. Ele iria resgatar Israel e estabelecer Seu Reino sobre o trono de Davi em Jerusalém. Por essa razão os rabinos, os soldados e a multidão zombaram dEle na cruz (Mt 27.40-44; Mc 15.18-20; 29-32; Lc 23.35-37). Apesar de todos os milagres que Jesus tinha feito, os discípulos, da mesma forma, tomaram Sua crucificação como a prova conclusiva de que Ele não poderia ter sido o Messias. Os dois na estrada de Emaús disseram: “...nós esperávamos que fosse ele o que remisse Israel” (Lc 24.19-21 ACF) – mas agora Ele estava morto.
         Cristo os repreendeu por não crerem “tudo o que os profetas disseram!” (Lc 24.25 ACF). Este era o problema comum: deixar de considerar todas as profecias. Israel tinha uma compreensão unilateral da vinda do Messias (e continua assim atualmente), que lhe permitia ver apenas Seu reino triunfante e o deixava cego para Seu sacrifício pelo pecado. Até mesmo muitos cristãos estão tão obcecados com pensamentos de “conquista” e “domínio” que imaginam ser responsabilidade da Igreja dominar o mundo e estabelecer o Reino de Deus, para que o Rei possa retornar à terra para reinar. Eles se esquecem da promessa que Ele fez à Sua Noiva de levá-la ao céu, de onde ela voltará com Ele para ajudá-lO a governar o mundo.

O Arrebatamento ocorrerá antes da Tribulação

         Como poderia Cristo executar julgamento sobre a terra, vindo do céu “com milhares de seus santos (multidões de santos)” (Jd 14 ACF), se primeiro não as tivesse levado para o céu? Aqui temos outra razão para um Arrebatamento anterior à Tribulação. Incrivelmente, Michael Horton, em seu livro “Putting Amazing Back into Grace”, imagina que 1 Tessalonicenses 4.14 (“assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele”) refere-se à Segunda Vinda de Cristo “com os santos”. Ao contrário, na ocasião do Arrebatamento Jesus trará a alma e o espírito dos cristãos fisicamente mortos para serem reunidos com seus corpos na ressurreição, levando-os para o céu juntamente com os vivos transformados. Na Segunda Vinda Ele trará consigo de volta à terra os santos vivos, que já foram ressuscitados e previamente levados ao céu no Arrebatamento.
         Antes da volta de Cristo com os Seus santos haverá a celebração das Bodas do Cordeiro com Sua Noiva (Ap 19.7). Tendo passado pelo Tribunal de Cristo (1 Co 3.12-15); (2 Co 5.10 ), os santos estarão vestidos de linho fino, branco e puro (Ap 19.8). Certamente eles devem ser também o exército vestido de linho fino, branco e puro (Ap 19.14) que virá com Cristo para destruir o Anticristo. Quando eles foram levados ao céu? É claro que isso não ocorrerá durante a própria Segunda Vinda, pois não haveria tempo suficiente nem para o Tribunal de Cristo, nem para as Bodas do Cordeiro. O Arrebatamento deve ter ocorrido anteriormente.
         Aqueles que estão com seus pés plantados na terra, esperando encontrar um “Cristo”, esquecem que o verdadeiro Cristo virá nos buscar para nos encontrarmos com Ele nos ares e nos levará para a casa de Seu Pai. Eles se esquecem também que o Anticristo estabelecerá um reino terreno antes que o verdadeiro Rei volte para reinar. Infelizmente, os que se empenham em estabelecer um reino nesta terra estão preparando o mundo para o reino fraudulento do “homem do pecado”.

A Escritura registra duas vindas

         Como alguém nos tempos do Velho Testamento poderia saber que haveria duas vindas do Messias? Somente por implicação. Ou os profetas se contradisseram quando profetizaram que o Messias seria rejeitado e crucificado e que Ele também seria proclamado Rei sobre o trono de Davi para sempre, ou eles falavam de duas vindas de Cristo.
         Não há forma de colocar dentro de um só evento o que os profetas disseram. Simplesmente tem de haver duas vindas do Messias: primeiro como o Cordeiro de Deus, para morrer pelos nossos pecados, e depois como o Leão da Tribo de Judá (Os 5.14-15; Ap 5.5), em poder e glória para resgatar Israel no meio da batalha do Armagedom.
         A mesma coisa acontece no Novo Testamento. Note as muitas contradições, a menos que estes sejam dois eventos:
        1) Ele vem para Seus santos e numa hora que ninguém espera; mas vem com Seus santos quando todos souberem que Ele está vindo.
        2) Ele não vem à terra mas arrebata os santos para se encontrarem com Ele nos ares (1 Ts 4.17); por outro lado, Ele vem à terra: “E naquele dia estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras” (Zc.14.4 ACF), e os santos vem à terra com Ele.
        3) Ele leva os santos para o céu, para as muitas mansões na casa de Seu Pai, para estarem com Ele (Jo.14.3); mas traz os santos do céu (Zc 14.5, Jd 14).
        4) Ele vem para Sua Noiva num tempo de paz e prosperidade, bons negócios e prazeres (Lc 17.26-30); mas volta para salvar Seu povo Israel quando o mundo já terá sido praticamente destruído, em meio ao pior conflito já visto na terra, a batalha do Armagedom.


Rebatendo as críticas ao Arrebatamento

         Cristo declarou:
“E, como aconteceu nos dias de Noé, assim será também nos dias do Filho do homem. Comiam, bebiam, casavam, e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio, e os consumiu a todos. Como também da mesma maneira aconteceu nos dias de Ló: Comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma choveu do céu fogo e enxofre, e os consumiu a todos. Assim será no dia em que o Filho do homem se há de manifestar.” (Lc 17.26-30 ACF).
        Essas condições mundiais por ocasião do Arrebatamento só podem se referir ao período anterior à Tribulação;  certamente não ao final dela!
        Arrebatamento? Há críticos afirmando que a palavra “Arrebatamento” nem está na Bíblia! Isso não é verdade, pois a versão latina da Bíblia (Vulgata), feita por Jerônimo no quinto século, traduziu o grego harpazo (arrancar subitamente) pela palavra raptus (raptar), da qual deriva “Arrebatamento”. Foi o que Cristo nos prometeu em João 14: levar-nos para o céu.
        Outros críticos papagueiam o mito propagado por Dave MacPherson, de que o ensino do Arrebatamento antes da Tribulação apareceu apenas no início do século XIX através de Darby, que o teria aprendido de Margaret MacDonald. Ela o teria recebido de Edward Irving, e este, por sua vez, o teria encontrado nos escritos do jesuíta Emmanuel Lacunza. Isso simplesmente não é verdade. Muitos escritores anteriores expressaram a mesma convicção. Um deles foi Ephraem de Nisibis (306-373 d.C.), bem conhecido na história da igreja da Síria. Ele afirmou: “Todos os santos e eleitos de Deus serão reunidos antes da tribulação, que está por vir, e serão levados para o Senhor...” Seu sermão com essa afirmação teve ampla circulação popular em diferentes idiomas.
         Sim, há uma vinda do Senhor após a Tribulação:
“E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.” (Mt 24.29-30).
        A referência aos anjos “ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos” (vv. 29-31 ACF) certamente não significa Cristo arrebatando Sua Igreja para levá-la ao céu, pois trata-se do ajuntamento do Israel disperso, de volta à sua terra quando da Segunda Vinda.
         Cristo associou o mal com o pensamento de que Sua vinda se atrasaria:
“Mas se aquele mau servo disser no seu coração: O meu senhor tarde virá;” (Mt 24.48; Lc 12.45 ACF).
        Novamente, essa afirmação não tem sentido se o Arrebatamento vem após a Tribulação.
         Não existe motivo maior para uma vida santa e um evangelismo diligente do que saber que o Senhor poderia nos levar ao céu a qualquer momento. Que a Noiva acorde do seu sono, apaixone-se novamente pelo Noivo, e de coração diga continuamente por meio da sua vida diária: “Ora vem, Senhor Jesus. (Ap 22:20 ACF)”

Autor: Dave Hunt

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A Parábola das Dez Virgens

 

Mateus 25: 1-13

1. Então, o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram a encontrar-se com o noivo.
2. Cinco dentre elas eram néscias, e cinco, prudentes.
3. As néscias, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo;
4. No entanto, as prudentes, além das lâmpadas, levaram azeite nas vasilhas.
5. E, tardando o noivo, foram todas tomadas de sono e adormeceram.
6. Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! Saí ao seu encontro!
7. Então, se levantaram todas aquelas virgens e prepararam as suas lâmpadas.
8. E as néscias disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão-se apagando.
9. Mas as prudentes responderam: Não, para que não nos falte a nós e a vós outras! Ide, antes, aos que o vendem e comprai-o.
10. E, saindo elas para comprar, chegou o noivo, e as que estavam apercebidas entraram com ele para as bodas; e fechou-se a porta.
11. Mais tarde, chegaram as virgens néscias, clamando: Senhor, senhor, abre-nos a porta!
12. Mas ele respondeu: Em verdade vos digo que não vos conheço.
13. Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora.

Que tipo de virgem somos nós?

Sabia que esta pergunta é fácil de responder? Os versículos 3 e 4 dizem: As NÉSCIAS, ao tomarem as suas lâmpadas, NÃO LEVARAM AZEITE consigo. No entanto, as PRUDENTES, além das lâmpadas, LEVARAM AZEITE nas vasilhas”.

Qual a diferença das virgens néscias para as prudentes? Resposta: “O AZEITE”.

1.     Todas eram virgens, ou seja, tinham um compromisso com o noivo.
2.      Todas tinham as lâmpadas.
3.      Todas estavam esperando pelo noivo.

Agora, entendendo a parábola, como poderíamos explicá-la?

1º) O que representa as virgens? Resposta: “É A ESPOSA DO CORDEIRO; A IGREJA DE CRISTO”; (Apocalipse 21: 9 / Efésios 5: 25-27).

2º) O que são as lâmpadas? “A PALAVRA DE DEUS”.

* Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos; (Salmos 119: 105).

* Todas tinham a Palavra, as instruções de Deus.

* Sabemos que o objetivo das lâmpadas era para iluminar o caminho, os pés e o ambiente. Claro que para isso, era necessário o azeite.

* O Salmos 119: 105 se encaixam bem com esta parábola. Diz: “LÂMPADA para os meus pés É A TUA PALAVRA”.

* A Palavra é para orientar os nossos pés, aonde eles devem pisar. Jesus disse: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”; (João 8: 32). E: “Santifica-os na verdade; A TUA PALAVRA É A VERDADE”; (João 17: 17).

* Podemos afirmar que as lâmpadas “É A PALAVRA DE DEUS”. É ela quem nos guia a seguir o caminho certo. O Salmos 119: 9 diz: De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? OBSERVANDO-O SEGUNDO A TUA PALAVRA”. Vemos aí que é a Palavra de Deus quem nos guia.

3º) E o que significa: “E, tardando o noivo, foram todas tomadas de sono e adormeceram”; (Mt. 25: 5). Resposta: Significa que TODAS estavam conscientes à espera do noivo.

Diante de todas estas afirmações, a quem a Bíblia se refere a respeito das virgens? Da igreja, o corpo de Cristo, ou do mundo? Evidente que é da Igreja!

Mas você percebeu que nem todas eram prudentes, e que cinco delas – as néscias – não entraram com o noivo para as bodas? Por quê? Porque não tinham o azeite.

Lembre: A única diferença foi o azeite!

Quero dizer a você, em poucas palavras, que o azeite representa o óleo, a unção, a luz e a vida de Deus operando em nós. Representa também a vigilância. A Bíblia diz que Jesus vai coroar TODOS OS QUE AMAREM A SUA VINDA, (II Timóteo 4: 8).

As virgens néscias representam àquelas pessoas que estão embriagadas e tontas com os cuidados e riquezas deste mundo e se afastam do Evangelho de Cristo. É a igreja despreparada e desatenta para a vinda e as bodas do Cordeiro. São aquelas pessoas sem compromissos com a verdade do evangelho. É A IGREJA ADORMECIDA!

Diante de tudo isso, quero falar um pouco sobre a igreja adormecida ou, a igreja que dorme.

Pra você, quem é a igreja que dorme? Responda!

a)      São os crentes frios, desanimados; àqueles que quase não vão à igreja?

b)      São os católicos?

c)       São os pastores?

d)     Ou são todos os que se esquecerem de vigiar, santificar-se, e que vive uma vida sem compromisso com Deus, que apenas vão uma vez à igreja – aos domingos – e não consideram as Palavras de Jesus?